quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Como Falar de Amizade?

Todo mundo tem um blog, menos eu, menos eu...
Se um dia eu tivesse que fazer, seria diferente: não seria sobre pensamentos, não seria sobre artigos teológicos, ou sermões, ou meus trabalhos acadêmicos...
Tudo isso é louvável pela parte de quem faz, mas eu com a mania de fazer tudo diferente, sempre tive vontade de escrever sobre uma das coisas mais importantes na minha vida: amizade.
Infelizmente, daqueles dos quais vamos descrever, a maioria se encontram distantes, em vários aspectos, e eu demorei a entender que essa distância não abalam, não amenizam, não destróem ou diminuíem qualquer lembrança daquilo que já passou.
Aquilo que passou continua vivo, e pelo que vive posso escrever.
Se um dia voltaremos a vivê-las, eu não sei, eu não sei...
Quando eu ainda posso reencontrar-me com alguns, relembramos de alguns desses momentos, mas nunca serão novamente como um dia foi.
Contudo, outros, eu nunca mais os vi, por mais que tenha a facilidade que a internet oferece, alguns nem o paradeiro eu tenho, e isso me dói.
A todos, de perto ou de longe, é verdade o que a canção diz:

"O tempo passa, lembranças ficam, coisas tão boas de se lembrar
no coração guardado está, muitas emoções, que o tempo não apaga não

Lembrar de alguém que se conheceu e se tornou especial, 

foi um prazer te conhecer, como foi bom te encontrar

Mas se por acaso, não nos vermos mais, em meu coração sempre estarás

mas há uma esperança de nos vermos outra vez, acredite vai ser diferente
pois vai ser pra sempre, sempre

Nunca diga adeus, diga: até breve! Pois a vida não acaba aqui 

nossa vida não termina assim, pois o nosso Deus sim nos prometeu 
vida eterna eu sei, para mim e pra você.

Nunca diga adeus..."

2 comentários:

  1. Caro Bruno,

    Se você quiser escrever apenas por amizade, escreva!
    Você escreve muito bem, e quem tem talento pra isso tem mais é que desenvolver, mesmo que muito pouca gente leia o que você escreve!

    Quanto ao seu texto, imagino que você seja bem jovem. Se posso dar o testemunho dos meus quase 49 anos de vida, o que tenho pra dizer é que - realmente - as amizades da infância e da adolescência tendem a desaparecer na sua maioria. Ficam poucos amigos dessa fase da vida, mas os que ficam são verdadeiros amigos, aqueles que conhecem a sua essência, que sabem de onde você veio e não precisam de apresentações. Existem dois fenômenos que você perceberá quando tiver mais idade. O primeiro é que, muito provavelmente, muita gente despreza as amizades de infância justamente por medo de expor as suas fraquezas daquela época. Por saber que o outro o conhece até a medula da alma, e por não gostar do que passou na infância e na adolescência, as pessoas preferem descartar as amizades dessa época, infelizmente. Isto acarreta o segundo fenômeno: quando elas chegam na meia-idade, se dão conta da bobagem que fizeram e tentam retomar os laços de amizade perdidos na poeira do tempo. Só que aí já é tarde demais, o planeta já deu zilhões de voltas em torno do seu eixo, e o mundo e as pessoas mudaram.

    Não perca, entretanto, essa tua capacidade de observação da vida e das pessoas, mesmo que isso momentaneamente te faça sofrer. Se você tem o dom de perceber como é que o mundo funciona, não o desperdice nem se desanime, apenas viva, porque vale muito a pena viver.

    Continue o blog, amigo (já me permito chamar-te de amigo)!

    Abraço!

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    1. Helio, amigo

      Suas palavras estão guardadas, quando chegar nessa idade, lembrarei dessa análise que já percebi, pelo menos no primeiro ponto dela.
      Obrigado pelo incentivo, eu sempre tive vontade de escrever um blog assim, abri e hoje (depois de muito tempo, eu sei) resolvi escrever sobre uma dessas amizades.
      Grato por me acompanhar,
      Grande abraço

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